Mitos e verdades sobre a vacina contra a
febre amarela
Da Agência Brasil
Paula Laboissière - Repórter da Agência
Brasil
Até a última sexta-feira (10),
foram confirmados 230 casos de febre amarela, com 79 óbitos
Desde
o início do surto de febre amarela em cidades do interior do Espírito Santo, a
procura pela vacina em postos de saúde este ano vem aumentando. Com a
confirmação de casos da doença em pelo menos três estados, a corrida em busca
da imunização tem provocado filas em diversos municípios. É importante
destacar, entretanto, que nem todas as pessoas precisam receber uma nova dose –
grávidas e idosos, por exemplo, estão entre os grupos onde há contraindicação.
Desde
o início do ano, o ministério tem enviado doses extras da vacina contra a febre
amarela aos estados que registram casos suspeitos da doença, além de outros
localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 9,9
milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (4,5
milhões), Espírito Santo (2,5 milhões), São Paulo (1,2 milhão), Bahia (900 mil)
e Rio de Janeiro (850 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do
Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.
Até
a última sexta-feira (10), foram confirmados 230, casos de febre amarela. Dos
1.170 casos registrados como suspeitos, 847 permanecem em investigação e 93
foram descartados. Entre os 186 óbitos notificados, 79 foram confirmados, 104
são investigados e três foram descartados. Os estados de Minas Gerais, do
Espírito Santo, de São Paulo, da Bahia e do Tocantins continuam com casos
investigados e/ou confirmados.
Atualmente,
a vacinação de rotina é ofertada em 19 estados onde há recomendação para
imunização. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da
vacina ao longo da vida. Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que
vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de
Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da
Bahia. Não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que há doses
suficientes para atender as regiões com recomendação de vacinação.
Confira
abaixo mitos e verdades sobre a vacina contra a febre amarela, conforme
informações divulgadas pelo Ministério da Saúde:
Preciso tomar a vacina a cada dez anos.
MITO.
O esquema vacinal da febre amarela é duas doses, tanto para adultos quanto para
crianças. As crianças devem receber as vacinas aos 9 meses e aos 4 anos. Assim,
a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na
infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois
da primeira.
Grávidas e mulheres que estão amamentando não devem se vacinar.
VERDADE.
De uma forma geral, não se recomenda a vacinação de grávidas e mulheres que
amamentam. Em algumas situações, entretanto, o médico pode indicar a imunização
– como em casos de surto no município. Nesse tipo de situação, lactentes que
receberem a dose devem suspender a amamentação por um período de 30 dias.
Mesmo tendo tomado as duas doses, tenho risco de pegar febre
amarela.
MITO.
As duas doses da vacina são suficientes para proteger durante toda a vida
contra a doença.
Quanto mais doses eu tomar, mais imunizado eu fico.
MITO.
O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto
para crianças. Elas são suficientes para proteger durante toda a vida. Uma
terceira dose não vai criar nenhuma proteção adicional.
Se não moro em área onde há recomendação de vacina, não preciso
receber a dose.
VERDADE.
No Brasil, a vacinação é recomendada a partir de 9 meses de vida para pessoas
que residem ou se deslocam para municípios que compõem a chamada Área Com
Recomendação de Vacina. Locais com matas e rios, onde o vírus e seus
hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são identificados como áreas de
risco. Se você não mora em área onde há recomendação de vacina, não é
necessário tomar a dose.
Veja
a lista completa de municípios [2] com recomendação de imunização.
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