Adiar fechamento de lixões é desserviço, diz ministro do Meio Ambiente
Por Fernanda
Cruz - Repórter da Agência Brasil - O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, classificou hoje (15) de desserviço o aumento do
prazo para os municípios eliminarem lixões no país, proposta que deve passar
por votação na Câmara dos Deputados em caráter de urgência. A meta inicial
da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que previa a substituição por
aterros, era agosto de 2014, mas foi descumprida.
“A ideia
de postergar, de maneira generalizada, o atingimento da meta do fechamento de
lixões é um grande desserviço para o Brasil”, disse o ministro, ao participar
do Seminário Internacional de Resíduos Sólidos. realizado em São Paulo pela
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base.
Para o
ministro, municípios grandes e ricos como São Paulo deveriam ter “uma
coleta seletiva minimamente bem-feita”. Na opinião de Salles, as cidades
pequenas e afastadas dos grandes centros urbanos poderiam, porém, gozar de
prazo mais flexível.
“Temos
uma interlocução muito boa com os deputados na parte do meio ambiente. Já
manifestamos preocupação sobre uma solução linear. Há casos, realmente, de
municípios que estão muito longe de alcançar as metas, seja porque estão
isolados ou porque entraram em colapso financeiro”, afirmou.
Concessão
de parques
Ricardo
Salles negou notícias de que a mineradora Vale teria a concessão de parques públicos
em Minas Gerais. Há uma semana, em mensagem no Twitter, o ministro disse
que tentaria converter a multa da R$ 250 milhões da empresa em investimentos
para sete parques nacionais,com a construção de obras de infraestrutura,
trilhas, atividades e serviços para estimular o ecoturismo. Futuramente, serão
concedidos à iniciativa privada.
“Ninguém
disse que a Vale vai ganhar concessão. Vamos ter investimento nos parques para
que eles sejam concedidos. Hoje, os parques nacionais carecem de
infraestrutura. São parques que poderiam estar gerando emprego, renda”, disse.
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