Comandante do Exército fala em "aguda
crise moral" por causa de corrupção
Pedro Peduzzi - Repórter da
Agência Brasil
O
comandante do Exército, Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, afirmou hoje (19)
que o Brasil vive uma “aguda crise moral” por causa dos “incontáveis escândalos
de corrupção”.
“A aguda
crise moral expressa em incontáveis escândalos de corrupção nos compromete o
futuro. A ineficiência nos retarda o crescimento. A ausência de um mínimo de
disciplina social, indispensável à convivência civilizada, e uma irresponsável
aversão ao exercício da autoridade oferecem campo fértil ao comportamento
transgressor e à intolerância desagregadora”, disse o general durante
a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Militar, em Brasília.
A
declaração foi feita durante evento comemorativo ao Dia do Exército (19), no
qual foi entregue Ordem do Mérito Militar a várias personalidades, entre as
quais o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na Justiça
Federal. O presidente Michel Temer comandou a cerimônia.
A atual
crise “fere gravemente a alma da nossa gente”, além de ameaçar a identidade
nacional e o projeto de nação do país, disse Villas Bôas. “Interesses pessoais
e corporativos estão sobrepostos ao interesse nacional”, disse ao destacar que
"não há atalhos fora da Constituição". "O país, seu povo e seu
Exército não sucumbirão ao pessimismo e à desagregação”, acrescentou.
A Ordem
do Mérito Militar é destinada a civis, militares e estrangeiros que tenham
prestado “notáveis serviços ao país” ou que tenham prestado “relevantes
serviços” ao Exército, a organizações militares ou a instituições civis que
tenham se tornado “credoras de homenagem especial” do Exército.
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