Chacina de Panaquatira: assassinos condenados a
mais de 200 anos de prisão
Do Blog Gilberto Léda - Três acusados nos crimes conhecidos como a “Chacina de Panaquatira” – que resultou na morte de três vítimas e dois criminosos, além de
feridos – foram condenados pelo Judiciário de São José de Ribamar, nesta
quinta-feira (28). As penas, de acordo com a sentença, são de 264 anos, três
meses e 24 dias de reclusão e 9.869 dias-multa para Cleonilson de Sousa
Almeida, o “Bode”; 263 anos, dois meses e nove dias de reclusão e 9.341
dias-multa para Elenilton Coelho dos Santos, o “Sansinho”; e 28 anos e um mês e
quinze dias de reclusão e 3.240 dias-multa para Joseane Aires da Costa,
caseira.
Os demais denunciados, Marinaldo da Silva, vulgo “Dog” e Nataniel de
Souza Almeida, vulgo “Dentinho” se encontram foragidos e serão julgados em
processos separados. “Coreano” teve a denúncia rejeitada pelo Judiciário, por
ter sua qualificação incompleta na denúncia.
A Ação Penal foi recebida no dia 07/03/2016 na 2ª Vara Criminal de São
José de Ribamar, e depois remetida para a 1ª Vara Criminal, onde foi
sentenciada pela juíza Teresa Pereira Mendes, que definiu a dosagem das penas
conforme os artigos 59 e 68, e artigo do Código Penal, considerando o conjunto
de crimes. A sentença, com 120 páginas, foi elaborada em três meses pela
magistrada.
OS CRIMES – Segundo a denúncia, no dia 23 de maio de 2015, por volta das
20h15min, Bode, Sansinho, Dog, Piolho, Coreano e Dentinho, acompanhados de um
adolescente e dos indivíduos identificados como Valbenilson dos Santos Lobato,
o “Pezão” e Jozinaldo Aires da Costa, o “Nal” – mortos no dia da ocorrência –,
realizaram assaltos em duas casas localizadas na Praia da Ponta Verde, em
Panaquatira, Município de Ribamar. Na primeira casa estavam Marlon Martins dos
Santos e seus familiares, que foram rendidos e ficaram sob a vigília de dois
dos assaltantes, enquanto os demais se dirigiram para a segunda casa, onde se
encontravam a vítima Shirley Karoline e convidados.
Durante o assalto na segunda casa, um dos convidados, o policial Max
Muller, reagiu e atirou contra um assaltante, quando se iniciou um forte
tiroteio, resultando nas mortes do policial, das vítimas Alexsandro Vieira de
Carvalho e Ananda Brasil Meireles e do assaltante “Pezão”. Já as vítimas Carlos
Eduardo Silva e Ana Paula Ferreira Souza foram atingidas com tiros de raspão,
resultando em lesões leves, enquanto Erick Rodrigues de Carvalho e Alisson José
Fontenele da Silva sofreram lesões mais graves.
Alguns objetos levados no primeiro assalto foram encontrados na casa de
“Laprel”, que confessou a participação nos crimes e deu os nomes dos comparsas
Pezão, Piolho, Coreano, Sansinho, Dentinho e Bode. Joseane Aires da Costa, que
era a caseira do imóvel e repassava informações para o bando, foi vista, dias
antes, carregando alguns pertences roubados de casas da região, junto com o
acusado José Luís, com quem teria um relacionamento. Já Marinaldo, Bode,
Piolho, Coreano e Laprel foram reconhecidos pelas vítimas.
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