Sob aplausos e protestos, corpo da vereadora
Marielle é sepultado no Rio
Vladimir Platonow – Repórter da
Agência Brasil
O corpo de Marielle Franco foi
sepultado no fim da tarde desta quinta-feira (15), sob aplausos, protestos e
homenagens de parentes, amigos e líderes políticos, no Cemitério São Francisco
Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Previsto inicialmente para
as 16h, o enterro só foi realizado por volta das 18h.
Já o corpo do motorista Anderson
Gomes, que dirigia o carro com Marielle quando foram vítimas de um ataque de
criminosos, foi sepultado no cemitério de Inhaúma, zona norte do Rio, no final
da tarde. A cerimônia também atraiu um grande número de amigos e parentes. Ele
deixou a mulher e um filho de 2 anos.
Na cerimônia religiosa que antecedeu
o sepultamento da vereadora, o celebrante manifestou indignação. “É matança de
pobre, é matança de negro, matança de quem luta”, disse o padre.
Repetidas vezes, o nome de Marielle
era gritado por um, e todos respondiam: “presente”. Como o velório tinha sido à
tarde, na Câmara Municipal, a cerimônia no cemitério foi rápida, e a imprensa
não teve acesso à parte final.
Marielle foi assassinada com quatro
tiros na cabeça, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio,
retornando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa. A parlamentar
estava no banco de trás do carro, quando o veículo dos criminosos emparelhou
com o dela. Eles atiraram nove vezes. Anderson Gomes, que trabalhava como
motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais para Marielle,
também morreu no ataque. Uma assessora que estava no carro sobreviveu ao
ataque.
A vereadora era moradora do Complexo
da Maré e defensora dos direitos humanos, autora de frequentes denúncias de
violações de direitos de negros, moradores de favela, mulheres e pessoas LGBT lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e
transg
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