segunda-feira, 10 de agosto de 2015

II Conferência de Segurança Alimentar


Conferência de Segurança Alimentar

 discute políticas públicas com povos 

e comunidades tradicionais


Texto: Doriane Menezes
Fotos/ Honório Moreira

Com o intuito de valorizar a cultura alimentar e as especificidades nutricionais dos povos maranhenses, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) realizaram, nesta quarta-feira (5), a abertura da II Conferência de Segurança Alimentar de Segmento – Povos e Comunidades Tradicionais: quilombolas, comunidades de matriz africana e população negra, que será realizada até esta quinta-feira (5), em São Luís. A abertura contou com a presença do secretário da Sedes, Neto Evangelista, que também é presidente da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).


Com o tema “Comida de Verdade no campo e na Cidade: por direitos e soberania alimentar”, a conferência de segmento reúne representantes de quilombolas, comunidades de matriz africana e população negra e tem como objetivo abrir espaço para discussão de propostas e sugestões à formulação de políticas públicas voltadas a esses segmentos, respeitando a cultura e as tradições alimentares dos povos envolvidos.

O secretário Neto Evangelista destacou, durante a abertura do evento, que o Governo do Estado atua em duas frentes de trabalho para fortalecer a política de segurança alimentar no Maranhão. Segundo ele, a primeira frente diz respeito à própria estruturação das políticas voltadas ao setor, efetivadas por meio das conferências que buscam a participação popular no processo de construção dessas políticas. E a segunda frente de trabalho é relativa à estruturação dos equipamentos de segurança alimentar e nutricional, como a expansão dos serviços nos restaurantes populares e instalação de cozinhas comunitárias em todo o Estado.

Nesse aspecto, Neto Evangelista destacou, ainda, o avanço na área. Em sete meses da atual gestão, o governo Flávio Dino passou a oferecer o serviço de jantar em todos os seis restaurantes populares existentes, abriu edital de licitação para instalação de mais 30 cozinhas comunitárias nos municípios maranhenses de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e anunciou a instalação de mais cinco restaurantes populares.

“Tenho certeza que ainda vamos avançar muito mais a partir das discussões que trataremos nessas conferências, para a elaboração de um Plano de Segurança Alimentar abrangente e com políticas públicas mais condizentes com a realidade alimentar e nutricional da nossa gente. A orientação do governador Flávio Dino é que nossas ações sejam de contínua valorização da diversidade de todos os povos maranhenses”, destacou Neto Evangelista.

Segundo o presidente do Consea, Eurico Fernandes, a Conferência de Segurança Alimentar de Segmento é uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Estadual de mesmo tema, que será realizada de 17 a 19 deste mês. As discussões serão realizadas por meio de painéis, palestras e plenárias, em grupos temáticos de trabalho.

“Cada segmento ouvido tem seu papel na construção das políticas públicas de segurança alimentar e será respeitado. As propostas alinhadas nas conferências de segmento serão apresentadas no evento estadual, de forma que possamos ter uma política que contemple as peculiaridades e as tradições dos povos envolvidos na construção das políticas e ações voltadas para o setor da alimentação e nutrição”, disse Eurico Fernandes.

Participaram, ainda, da abertura da II Conferência de Segmento, a secretária-adjunta de Segurança Alimentar, Lourvídia Caldas; o secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro; o delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Vicente Mesquita; o coordenador da conferência, Reinaldo Avelar; o coordenador dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão no MDA, Quêner Chaves dos Santos; a presidente da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão, Maria José Palhano; e o representante do Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional do Maranhão, Oni Fadaká.

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