Conferência de Segurança
Alimentar
discute políticas públicas com povos
e comunidades tradicionais
Texto: Doriane Menezes
Fotos/ Honório Moreira
Com o intuito de valorizar a cultura
alimentar e as especificidades nutricionais dos povos maranhenses, a Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e o Conselho Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional (Consea) realizaram, nesta quarta-feira (5), a abertura
da II Conferência de Segurança Alimentar de Segmento – Povos e Comunidades
Tradicionais: quilombolas, comunidades de matriz africana e população negra,
que será realizada até esta quinta-feira (5), em São Luís. A abertura contou
com a presença do secretário da Sedes, Neto Evangelista, que também é
presidente da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional
(Caisan).
Com o tema “Comida de Verdade no
campo e na Cidade: por direitos e soberania alimentar”, a conferência de
segmento reúne representantes de quilombolas, comunidades de matriz africana e
população negra e tem como objetivo abrir espaço para discussão de propostas e
sugestões à formulação de políticas públicas voltadas a esses segmentos,
respeitando a cultura e as tradições alimentares dos povos envolvidos.
O secretário Neto Evangelista
destacou, durante a abertura do evento, que o Governo do Estado atua em duas
frentes de trabalho para fortalecer a política de segurança alimentar no
Maranhão. Segundo ele, a primeira frente diz respeito à própria estruturação
das políticas voltadas ao setor, efetivadas por meio das conferências que
buscam a participação popular no processo de construção dessas políticas. E a
segunda frente de trabalho é relativa à estruturação dos equipamentos de
segurança alimentar e nutricional, como a expansão dos serviços nos
restaurantes populares e instalação de cozinhas comunitárias em todo o Estado.
Nesse aspecto, Neto Evangelista
destacou, ainda, o avanço na área. Em sete meses da atual gestão, o governo Flávio
Dino passou a oferecer o serviço de jantar em todos os seis restaurantes
populares existentes, abriu edital de licitação para instalação de mais 30
cozinhas comunitárias nos municípios maranhenses de menor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e anunciou a instalação de mais cinco restaurantes
populares.
“Tenho certeza que ainda vamos
avançar muito mais a partir das discussões que trataremos nessas conferências,
para a elaboração de um Plano de Segurança Alimentar abrangente e com políticas
públicas mais condizentes com a realidade alimentar e nutricional da nossa
gente. A orientação do governador Flávio Dino é que nossas ações sejam de
contínua valorização da diversidade de todos os povos maranhenses”, destacou
Neto Evangelista.
Segundo o presidente do Consea,
Eurico Fernandes, a Conferência de Segurança Alimentar de Segmento é uma etapa
preparatória para a 5ª Conferência Estadual de mesmo tema, que será realizada
de 17 a 19 deste mês. As discussões serão realizadas por meio de painéis,
palestras e plenárias, em grupos temáticos de trabalho.
“Cada segmento ouvido tem seu papel
na construção das políticas públicas de segurança alimentar e será respeitado. As
propostas alinhadas nas conferências de segmento serão apresentadas no evento
estadual, de forma que possamos ter uma política que contemple as peculiaridades
e as tradições dos povos envolvidos na construção das políticas e ações
voltadas para o setor da alimentação e nutrição”, disse Eurico Fernandes.
Participaram, ainda, da abertura da
II Conferência de Segmento, a secretária-adjunta de Segurança Alimentar,
Lourvídia Caldas; o secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro;
o delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Vicente
Mesquita; o coordenador da conferência, Reinaldo Avelar; o coordenador dos
Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão no MDA, Quêner Chaves dos Santos;
a presidente da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do
Maranhão, Maria José Palhano; e o representante do Fórum de Segurança Alimentar
e Nutricional do Maranhão, Oni Fadaká.
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