Zé
Inácio cobra vinda de
CPI ao Maranhão
Foi aprovada na manhã desta
quinta-feira (14), pela Mesa Diretora, o requerimento solicitado pelo deputado
Zé Inácio ( PT ) que solicita a vinda da CPI ao Maranhão. Em requerimento o
parlamentar solicita que a CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres no
Brasil da Câmara dos Deputados inclua o Maranhão no roteiro de visitas para a
realização de Audiências Públicas com o objetivo de averiguar as denúncias veiculadas
pela imprensa, pelas entidades governamentais e do movimento social sobre a
violência e morte que jovens do Estado estão expostos, especialmente jovens
negros e pobres. “O Estado tem uma dívida com a juventude negra do nosso estado
que vive à margem do crime e da violência. A vinda da CPI vai nos ajudar não só
a coibir essa violência como também irá ajudar na implementação de políticas
públicas voltadas a esses jovens”, destaca o parlamentar.
De acordo com dados da Sociedade dos
Direitos Humanos (SDH), no quadro geral do Maranhão, tem um amplo predomínio de
homens (92,9%), negros e jovens dentre as vítimas de mortes matadas no período
2000-2012. Os negros constituem 76,2% da população maranhense (Censo de 2010),
mas representaram 85% das vítimas fatais no período 2000-2012. Apesar de
representarem 29,4% do conjunto da população, os jovens foram o alvo prioritário
da violência, constituindo 54,1% do total de vítimas, das quais 87% eram jovens
negros. No período 2000-2012, quase a metade das vítimas de mortes violentas
foram jovens negros (com idade entre 15-29 anos): 6.257 homicídios, perfazendo
47,1% do total. Esta tendência se manteve em 2013, com os jovens negros representando
49,2% das vítimas fatais: 1.044 homicídios, num total de 2.122 no estado (dados
preliminares do DATASUS).
O Deputado Federal Reginaldo Lopes e
presidente da CPI esteve dia 24 de abril do corrente ano esteve em São Luís, a
convite do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado
Extraordinária da Juventude (Seejuv), onde participou de uma Roda de Conversa
sobre o Extermínio da Juventude Negra, e ficou o indicativo sobre a vinda da
CPI ao Estado para dar continuidade ao debate que, com toda certeza, subsidiará
a elaboração de políticas públicas para apresentar soluções a esta grave problemática
envolvendo a nossa juventude maranhense.
Matéria/Elisângela Matos
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