Horário de verão pode ser extinto este ano; governo
quer ouvir sociedade
*Colaborou Marcelo Brandão Luciano Nascimento*
- Repórter da Agência Brasil
A adoção do horário de verão para gerar economia de energia no Brasil
não se justifica mais. A avaliação é do diretor-geral da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. O horário de verão está previsto para
começar no dia 15 de outubro e terminar em 17 de fevereiro do próximo ano.
O governo analisa a manutenção ou encerramento do horário de verão."A
avaliação é que, sob a perspectiva do setor elétrico, o horário de verão não se
justifica", disse Rufino.Estudos sobre a viabilidade da manutenção do
horário de verão, que abrange nove estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, além do Distrito Federal (Brasília), estão sendo conduzidos no
âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne diversos
órgãos governamentais ligados ao setor elétrico...
Enquete
O governo estuda a possibilidade de
consultar a sociedade sobre a adoção ou não do horário de verão este ano. A
decisão precisa sair rápido e está nas mãos do presidente Michel Temer e do
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Se a definição for pela
enquete, ela será lançada no Portal do Planalto na próxima semana.
Apesar de não fazer mais diferença na
economia de energia, conforme explicou o diretor-geral da Aneel, uma parte da
sociedade gosta da sensação de ter uma hora a mais no dia e poderá manifestar
isso na enquete.Além disso, o governo pode levar em consideração o maior
movimento do comércio durante o horário de verão. Com dias mais claros, as
pessoas ficam mais na rua e consomem mais.
Bandeira vermelha
De acordo com Rufino, em outubro o
governo deve passar a cobrar a bandeira vermelha na conta de luz, possivelmente
na faixa dois, em razão da escassez de chuvas. "O que podemos falar agora
é de tendência. A bandeira está vinculada ao CMO (Custo Marginal de Operação),
que é muito dependente de regime hidrológico e a previsão de chuva. A tendência
é que estamos com um regime hidrológico muito desfavorável, com chuvas
atrasadas.
A tendência é despachar térmicas mais
caras", disse. Atualmente, está em vigor a tarifa amarela na cobrança da
conta de luz. Esta tarifa representa um acréscimo de R$ 2,00 a cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com a adoção da tarifa vermelha, o preço da
tarifa de energia passa a ter um acréscimo e vai a R$ 3,00 por 100 kWh. No caso
do patamar dois, esse valor seria maior: R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos
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