Petrobras aprova política de preço para gás
de cozinha
Akemi Nitahara - Repórter da
Agência Brasil
A
Petrobras divulgou hoje (7), no Rio de Janeiro, a nova política de preços para
o Gás Liquefeito de Petróleo comercializado em botijões de 13 quilos (GLP-P13),
conhecido como gás de cozinha. Era o único produto da empresa para o qual ainda
não havia sido definida fórmula de cálculo.
O preço
nas refinarias será calculado pela média mensal das cotações do butano e do
propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações
da venda do dólar, acrescida de uma margem fixa de 5%.
A vigência
dos preços será aplicada a partir do dia 5 de cada mês, com início previsto
para este mês de junho, quando o reajuste será aplicado, excepcionalmente, a
partir do dia 8.
De acordo
com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, a política, aprovada ontem pela
diretoria executiva da estatal, segue a resolução 4/2005 do Conselho Nacional
de Política Energética (CNPE), que determina a comercialização da embalagem
destinada a uso doméstico a preços inferiores às demais apresentações. Parente
explica que, com isso, a empresa completa o ciclo de definição de políticas
para os produtos da companhia, garantindo a previsibilidade de preço.
Preço
pode subir e também cair
“Em
relação ao consumidor final, podemos dizer que, a exemplo do que está
acontecendo com a gasolina e com o diesel, nós vamos seguir rigorosamente a
referência utilizada, significando dizer que, assim como pode subir [o preço],
também pode cair. A gente fala com a autoridade de quem, desde outubro, fez
sete reajustes e cinco foram de redução de preço. Isso também pode ser
vantajoso para a consumidor, dado que nós vamos seguir uma referência que sobe
e que desce”, afirmou.
O diretor
de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, explica que o cálculo
não terá como referência a paridade de preços internacionais e está alinhado
com os parâmetros do Planejamento Estratégico 2017/2021.
“A média
para este mês é de 6,7% e a gente prevê que tenha um impacto de 2,2% no botijão
e R$ 1,25 na média Brasil, conforme os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
A composição do preço do botijão hoje é em torno de 25% de realização
Petrobras, 20% de impostos e 55% é a margem de distribuição e revenda; a nossa
previsão é que ele passa a ser 26% para a Petrobras, mantendo os 20% dos
impostos e uma pequena queda na margem de distribuição e revenda para 54%”,
disse.
Sindigás
comenta decisão
Em nota,
o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo
(Sindigás) fez uma avaliação positiva do anúncio da Petrobras em “adequar seus
preços para o gás GLP embalado em botijões de até 13 kg e de uso residencial
aos praticados no mercado internacional”.
O
sindicato ressalta que a nova política de preços “ainda deixa o preço praticado
aproximadamente 15% abaixo ao da paridade de importação” e ressalta que “é
precipitado afirmar que esse percentual médio seja aplicado de forma linear”.
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