Campanha de vacinação contra gripe termina na
sexta-feira
Andreia Verdélio – Repórter da
Agência Brasil
Esta é a
última semana da campanha de vacinação contra a gripe – a vacina está
disponível nos postos de saúde até a próxima sexta-feira (26) para o público-alvo
da campanha. Balanço atualizado do Ministério da Saúde indica que, até o
momento, 58,2% do público-alvo já foi vacinado.
De acordo
com o ministério, é fundamental que as pessoas se vacinem neste momento para
estarem protegidas durante o inverno, quando os diversos vírus da influenza
começam a circular com maior intensidade. A vacina demora cerca de 15 dias
para fazer efeito após aplicada.
A escolha
dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde
(OMS). O público-alvo é formado por 54,2 milhões de pessoas consideradas mais
vulneráveis para complicações da doença. A meta do governo é vacinar 90% desse
grupo até o dia 26 de maio.
Cumprimento
da meta
A meta de
vacinação ainda não foi alcançada em nenhum grupo prioritário. Entre os
públicos-alvo, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 14 milhões
de doses aplicadas, o que representa 67,1% deste público. Em seguida vêm as
puérperas (65,4%) e trabalhadores de saúde (59,4%).
Os grupos
que menos se vacinaram são indígenas (37,1%), crianças (44,9%), gestantes
(49,2%) e professores (52,4%). Além do grupo prioritário, também foram
aplicadas 6,2 milhões de doses nos grupos de pessoas com morbidades, população
privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.
Os
estados com a maior cobertura de vacinação no país, até o momento, são: Amapá
(79,4%), Paraná (74,1%), Santa Catarina (72,3%), Rio Grande do Sul (70,8%), e
Goiás (66%). Já os estados com menor cobertura são: Roraima (41,5%), Pará
(44,3%), Rondônia (44,6%), Rio de Janeiro (45,8%), Mato Grosso (48,5%), Acre
(48,6%) e Piauí (50,4%).
Desde o
dia 17 de abril, a dose está disponível nos postos de vacinação para crianças
de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de
saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto),
população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com
doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais,
além de professores da rede pública e particular.
Pessoas
com doenças crônicas não transmissíveis e com deficiências específicas devem
apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em
programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS)
devem se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina sem
necessidade de prescrição médica.
À
população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples
para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e
a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de
uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
Mesmo as
pessoas vacinadas devem procurar o médico ao apresentar os sintomas da gripe:
febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor
muscular e nas articulações. O agravamento do quadro de gripe pode ser
identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas
gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
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